ANÁLISE COMPARATIVA DAS TÉCNICAS DE ELETROLUMINESCÊNCIA E DE CORRENTE ELÉTRICA PRODUZIDA POR FEIXE LASER EM CÉLULAS SOLARES

Autores

  • Bruno Krever Lopes Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
  • Adriano Moehlecke Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
  • Augusto dos Santos Kochenborger Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
  • Izete Zanesco Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.59627/cbens.2022.1074

Palavras-chave:

Células solares, eletroluminescência, LBIC

Resumo

O crescimento exponencial da indústria de módulos fotovoltaicos amplia a demanda de técnicas de controle de qualidade para células e módulos fotovoltaicos. A técnica LBIC (light-beam induced current - corrente elétrica induzida por feixe luminoso) é não destrutiva e amplamente utilizada em laboratórios de pesquisa para estudo e controle de qualidade de células solares. Embora essa técnica forneça informações detalhadas sobre os defeitos nas células solares, sua aplicabilidade na indústria é limitada, devido ao elevado tempo de processamento. A eletroluminescência (EL) é uma técnica que consiste em fotografar a célula durante a excitação por meio de uma diferença de potencial, fazendo com que emita radiação eletromagnética na faixa do infravermelho. Na indústria de módulos fotovoltaicos e em sistemas fotovoltaicos, esta técnica está sendo utilizada para identificação de células solares com microfissuras e defeitos, que não poderiam ser identificadas por inspeção visual. Nesse artigo é realizada uma análise comparativa das técnicas de EL (com câmera fotográfica digital simples) e LBIC com o objetivo de encontrar uma correlação entre o brilho obtido nas imagens de EL e os mapas de comprimento de difusão de portadores minoritários (LD) obtidos pela técnica LBIC. Foram comparadas a distribuição bidimensional de LD e a imagens de EL de células solares de silício multicristalino com estrutura n+pp+. Os resultados indicaram semelhanças entre as imagens de EL e mapas de LBIC, observando-se que as regiões de menor brilho nas imagens EL correspondem a regiões de menor LD. Os resultados também apontam ser possível obter imagens satisfatórias de EL mesmo com uma câmera simples, contudo aplicando uma tensão elétrica de polarização direta maior que 6 V. Portanto, este método de menor custo e de menor tempo de processamento poderá ser utilizado para análise do LD.

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Biografia do Autor

Bruno Krever Lopes, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Escola Politécnica, Núcleo de Tecnologia em Energia Solar (NT-Solar)

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Publicado

2022-08-16

Edição

Seção

Anais