ANÁLISE ECONÔMICA E AMBIENTAL DA SUBSTITUIÇÃO DE ÔNIBUS DE COMBUSTÃO INTERNA POR ELÉTRICOS NO TRANSPORTE PÚBLICO DE PORTO ALEGRE
DOI:
https://doi.org/10.59627/cbens.2022.1101Palavras-chave:
Ônibus elétrico, Mobilidade Urbana, Energia SustentávelResumo
Preocupações ecológicas e de sustentabilidade têm gerado mudanças nas tecnologias nas áreas de energia. Preocupados com a segurança energética, os países enfrentam um paradigma de manterem-se soberanos energeticamente, e combaterem a insustentabilidade ambiental. Neste contexto, contesta-se as frotas veiculares, responsáveis por 51% da emissão de CO2 no Brasil. Existem evidências que a substituição das frotas de ônibus diesel por puramente elétricas reduzem o impacto ambiental, com incremento de custo decrescente. No entanto, incertezas sobre custos totais, adequação da legislação vigente e possíveis incentivos governamentais fazem com que os responsáveis pela implementação sejam conservadores e mantenham a operação baseada nos ônibus diesel. Este estudo tem como objetivo analisar o TCO e as emissões da frota pública de ônibus de Porto Alegre, comparando sua execução atual, baseada nos ônibus diesel, com situações onde são introduzidos 10, 20 e 30% de ônibus puramente elétricos na frota, equivalentes aos substituídos, considerando os custos divulgados pela licitação de transporte público local e pesquisas de mercado. Economicamente, percebemos o TCO do ônibus elétrico entre 97 e 118% do TCO do ônibus diesel, dependendo das variáveis adotadas. Ambientalmente, a não emissão de poluentes durante a operação dos ônibus elétricos reduz em 17.149,78 toneladas anuais de gases de efeito estufa para cada 10% de ônibus elétricos na frota. Concluiu-se, com isso, que existe uma tendência do aumento de competitividade entre as duas tecnologias estudadas, para o futuro. As menores emissões dos ônibus elétricos tendem a compensar cada vez mais o incremento econômico para sua implantação. A análise em longo prazo tende a ser mais favorável para os ônibus elétricos, pois os custos em infraestrutura para implantação já terão sido absorvidos. No entanto, é necessário respaldo governamental, para adequação da legislação e incentivos, para que a frota de ônibus possa contar cada vez mais com ônibus sustentáveis.
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