PERSPECTIVAS DE RESILIÊNCIA DE GÊNERO

AÇÕES DA REDE BRASILEIRA DE MULHERES NA ENERGIA SOLAR

Autores

  • Aline Cristiane Pan Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Aline Kirsten Universidade Federal de Santa Catarina
  • Kathlen Schneider Universidade Federal de Santa Catarina
  • Natália Chaves Câmara de Comércio e Indústria Brasil
  • Izete Zanesco Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.59627/cbens.2022.1170

Palavras-chave:

Energia Solar, Equidade de Gênero, Resiliência

Resumo

Resiliência na área das ciências exatas é um conceito relacionado à capacidade de um sistema ou material de voltar, sempre que é forçado, à situação inicial. Nas ciências humanas, resiliência é a capacidade que permite ao ser humano se recuperar quando é submetido às adversidades, protegendo os indivíduos de desequilíbrios. Com este enfoque e na busca da resiliência, equidade de gênero e apoio no contexto do crescimento do mercado de energia solar no Brasil, foi fundada a Rede Brasileira de Mulheres na Energia Solar (Rede MESol) em 2019. Este trabalho tem como objetivo apresentar os resultados e discutir as principais ações da Rede MESol realizadas nos últimos dois anos com o intuito de modificar as perspectivas das mulheres do setor de energia solar para promover a resiliência. As principais ações realizadas foram: 1) pesquisas sobre a participação feminina no setor de energia solar; 2) produção de um vídeo para incentivar meninas a entrarem no setor; 3) elaboração de um manual de boas práticas para eventos e feiras do setor de energia solar; 4) publicações em revista, livro e congresso; 5) atividades de conexão de mulheres em eventos; 6) participação e produção de materiais para redes sociais e 7) formação de parcerias com diferentes instituições e organizações. Essas ações foram planejadas buscando tornar o setor de energia solar mais equânime e resiliente, sabendo que para avançar é preciso reconhecer as diferentes necessidades, vulnerabilidades e potencialidades existentes entre os grupos sociais, as diversidades de gênero, as distintas características étnico-raciais e de outros grupos populacionais específicos. Contemplando as diversidades pode-se desenvolver um setor de energia solar no Brasil mais eficiente, lucrativo e que aproveita todo o seu potencial de crescimento de inovação. Além disso, estará em consonância com a busca de uma transição energética efetiva, que contemple todas as formas de diversificação e sustentabilidade.

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Biografia do Autor

Aline Cristiane Pan, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Departamento de Interdisciplinar, Engenharia de Gestão de Energia

Aline Kirsten, Universidade Federal de Santa Catarina

Universidade Federal de Santa Catarina, Laboratório Fotovoltaica
Associação Brasileira de Energia Solar

Kathlen Schneider, Universidade Federal de Santa Catarina

Universidade Federal de Santa Catarina, Laboratório Fotovoltaica
Instituto para o Desenvolvimento de Energias Alternativas na América Latina

Natália Chaves, Câmara de Comércio e Indústria Brasil

Câmara de Comércio e Indústria Brasil - Alemanha do Rio de Janeiro

Izete Zanesco, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Escola Politécnica
Associação Brasileira de Energia Solar

Referências

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Publicado

2022-08-16

Edição

Seção

Anais