ANÁLISE DO DESEMPENHO DE UM SISTEMA FOTOVOLTAICO COM RASTREAMENTO DE EIXO ÚNICO
DOI:
https://doi.org/10.59627/cbens.2022.1187Palavras-chave:
Performance, Rastreador Solar, Energia SolarResumo
Atualmente, os rastreadores solares têm sido uma presença constante em usinas fotovoltaicas (FV) de médio e grande porte, devido ao aumento no fator de capacidade proporcionado pelo seu uso, o que acarreta também no aumento da viabilidade econômica de projetos FV em geral. Estudos mostram que sistemas com rastreamento apresentam custos nivelado de energia (LCOE) menores se comparados com sistemas fixos. Assim, dos diversos tipos de rastreadores, os mais empregados no mercado têm sido os de eixo único horizontais com eixo de rotação na direção Norte-Sul (N-S) por terem justamente menor LCOE. Nesse contexto, o trabalho aqui proposto tem por meta, a partir de simulações, analisar como os parâmetros de desenho de um sistema fotovoltaico de 7,04 kWp com rastreamento de 1 eixo horizontal N-S podem afetar as métricas de performance energética. Os parâmetros de desenho analisados serão o uso do rastreamento em comparação a um sistema fixo, o ângulo de abertura do rastreador (variação angular correspondente ao movimento de rastreio), o distanciamento entre fileiras de módulos e a utilização de backtracking. A análise levará em conta os valores da energia CA (ECA) injetada na rede, da produtividade (YF, final yield, em inglês) e do fator de capacidade como métricas utilizadas para comparação da performance energética entre sistemas fotovoltaicos com diferentes tecnologias. Em termos anuais, o aumento energético foi da ordem de 18% em relação a um sistema fixo inclinado a 10° voltado para o norte. O YF cresce até um ângulo de abertura de 110°; enquanto a distância entre fileiras de 10 m apresentou maior ECA. Por último, verificou-se que a utilização de backtracking não trouxe benefícios significativos.
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