ANÁLISE DA GERAÇÃO COMPARTILHADA DE ENERGIA ELÉTRICA NO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.59627/cbens.2022.1203Palavras-chave:
Geração Compartilhada, Consórcio, CooperativaResumo
A geração compartilhada se refere a um conjunto de consumidores, que estão em locais distintos, que se unem através de um consórcio ou uma cooperativa e instalam uma Geração Distribuída (GD) para usufruir dos benefícios dessa geração. Essa modalidade de GD, apesar de ainda ser incipiente no Brasil em relação à geração junto a carga e ao autoconsumo remoto, possui constatado potencial de utilização. Devido a isso, este estudo apresenta uma análise detalhada da geração compartilhada de energia elétrica no Brasil, principalmente com base em entrevistas realizadas com engenheiros de nomeadas empresas integradoras (Domínio Solar e Alexandria) e concessionárias de energia do estado do Paraná (Companhia Paranaense de Energia (COPEL) e Companhia Campolarguense de Energia (COCEL)). Com este estudo, foi possível caracterizar os atores que normalmente estão presentes em um consórcio/uma cooperativa de geração compartilhada e notar que o modelo de negócio que predomina atualmente no Brasil é aquele no qual o(s) investidor(es) e os consumidores não são as mesmas pessoas e o poder de decisão está centralizado. Também se constata que os procedimentos comerciais, contratuais e técnicos executados no caso de um projeto de geração compartilhada são similares aos processos para a implantação de uma usina de qualquer outra modalidade de GD, com algumas dificuldades burocráticas adicionais. Na pesquisa, foram identificados que existiram e ainda existem pontos dúbios na norma que abrange a geração compartilhada. Adicionalmente, são elencadas as vantagens da geração compartilhada para os consumidores as quais são, em sua maioria, financeiras. Para a concessionária, por outro lado, essa modalidade trouxe uma desvantagem que é a necessidade de atender eletricamente a GDs em regiões remotas, nas quais não existem cargas. Por último, o estudo verifica que apesar das demandas nas empresas instaladoras não serem muitas atualmente, as perspectivas futuras em relação à geração compartilhada são promissoras.
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