DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E FONTES RENOVÁVEIS

UMA DISCUSSÃO SOBRE A MATRIZ ELÉTRICA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Autores

  • Wilson Pereira Barbosa Filho Fundação Estadual do Meio Ambiente
  • Abílio César Soares de Azevedo Fundação Estadual do Meio Ambiente
  • Lívia Maria Leite da Silva Fundação Estadual do Meio Ambiente
  • Wemerson Rocha Ferreira Fundação Estadual do Meio Ambiente
  • Elisa Meira Bastos Fundação Estadual do Meio Ambiente
  • Antonella Lombardi Costa Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.59627/cbens.2016.1284

Palavras-chave:

matriz energética, desenvolvimento sustentável, fontes renováveis

Resumo

A recente queda no nível dos reservatórios nacionais, aliada à necessidade de despacho de usinas térmicas para o atendimento a um crescente consumo de eletricidade, vem onerando as atividades de geração, e, por conseguinte, os consumidores. Além disso, a termoeletricidade, fortemente apoiada em combustíveis fósseis, possui implicações ambientais negativas, devido aos altos níveis de emissão de gases de efeito estufa. Acredita-se que a diversificação da matriz elétrica, por meio da inserção das fontes renováveis de energia, pode representar ganhos significativos em termos de segurança do suprimento, conservação ambiental e promoção social, contemplando, portanto, aspectos significativos relacionados ao desenvolvimento sustentável. Desta forma, este trabalho busca apresentar o cenário energético de Minas Gerais sob a ótica da sustentabilidade. Foram levantadas, por meio da pesquisa exploratória, as principais características da matriz energética mineira. É realizada uma análise dos resultados dos últimos leilões de energia e suas implicações, propondo discussões acerca dos principais gargalos e potencialidades no que diz respeito ao planejamento energético mineiro. Constatou-se que a geração de energia possui fraca participação das fontes renováveis, reflexo de uma legislação que necessita ser elaborada mediante conhecimento mais efetivo das particularidades deste tipo de fonte. Além disso, o planejamento energético estadual precisa contemplar, também de forma mais efetiva, a promoção do desenvolvimento sustentável, uma vez que, a principal ferramenta de comercialização de energia, os leilões, levam em conta para a contratação, apenas o aspecto econômico e o aspecto ambiental, não considerando as características locacionais dos empreendimentos concorrentes, podendo deixar de promover a geração em áreas onde o potencial energético e o ganho social, relacionado à implantação deste tipo de atividade, poderiam ser expressivos. Assim, defende-se que, utilizada de forma segura e estratégica, a energia constitui uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento sustentável, fazendo-se necessário, mudanças em direção a uma matriz mais sustentável no longo prazo.

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Biografia do Autor

Wilson Pereira Barbosa Filho, Fundação Estadual do Meio Ambiente

Universidade Federal de Minas Gerais, Programa de Pós Graduação em Ciências e Técnicas Nucleares

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Publicado

2016-12-13

Edição

Seção

Anais