A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA E OS ITINERÁRIOS FORMATIVOS COMO POTENCIAIS SOLUÇÕES PARA A ESCASSEZ DE MÃO DE OBRA ESPECIALIZADA EM INSTALAÇÕES FV NO BRASIL

Autores

  • Luis Blasques Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará

DOI:

https://doi.org/10.59627/cbens.2016.1290

Palavras-chave:

Sistemas Fotovoltaicos, Educação Profissional e Tecnológica, Itinerários Formativos

Resumo

A forte expansão das instalações de sistemas fotovoltaicos (FV) prevista para os próximos anos no Brasil, tanto em aplicações de geração distribuída (GD) quanto em usinas, traz à tona alguns questionamentos sobre os impactos advindos de tal expansão. Um desses questionamentos, tema central do presente trabalho, é a formação de mão de obra especializada capaz de atender este mercado, com tempo e qualidade adequados, especialmente nas áreas de instalação, operação e manutenção. Se comparadas todas as instalações de GD com sistemas FV formalizadas junto à ANEEL entre 2014 e os 10 primeiros meses de 2015, observa-se uma expansão de 128% de sistemas conectados em 2015, com previsão de aumentos ainda mais significativos nos próximos anos. Além disso, a contratação de aproximadamente 3.300 MWp em quatro leilões de energia sugere que nos anos de 2016 a 2018 a contratação de pessoal na área experimente uma explosão significativa, com previsão de uma demanda de 6.000 empregos para atender apenas às instalações contratadas no leilão de 2014. Preocupa ainda mais o fato de não haver uma política bem constituída de formação profissional na área e que, a curto prazo, as dificuldades para esta formação são inúmeras. O presente trabalho busca apresentar uma potencial solução para este problema, indicando possibilidades de formação de pessoal para o setor através da Educação Profissional e Tecnológica e seus itinerários formativos, reduzindo o tempo médio de formação dos profissionais e garantindo melhor qualidade a esta formação.

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Biografia do Autor

Luis Blasques, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará – IFPA, e
Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Técnica e Tecnológica – SECTET1

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Publicado

2016-12-13

Edição

Seção

Anais