O EFEITO DE UMA TARIFA BINÔMIA NO RETORNO FINANCEIRO DA MICROGERAÇÃO FOTOVOLTAICA

Autores

  • Gabriel Konzen Universidade de São Paulo
  • Gustavo Naciff de Andrade Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.59627/cbens.2016.1322

Palavras-chave:

Geração distribuída fotovoltaica, Subsídios, Payback

Resumo

O modelo conhecido como net metering, utilizado para regular os sistemas de microgeração de energia no país, em conjunto com o sistema de tarifa monômia, pode gerar um subsídio cruzado entre consumidores da mesma distribuidora. Esse fenômeno tem gerado discussões ao redor do mundo, envolvendo a aplicação de uma tarifa binômia aos microgeradores, de forma a cobrir os custos fixos das distribuidoras referentes a essas unidades. O presente trabalho avaliou o impacto que esse tipo de medida traria ao investimento dos microgeradores fotovoltaicos. Foram realizadas simulações de fluxos de caixa de projetos localizados na área de dez concessionárias, sob os dois cenários (tarifa monômia e tarifa binômia). O resultado mostra que a média do payback atualmente é de 11 anos, enquanto sob o regime de tarifação binômia não existiria retorno em seis distribuidoras, e nas demais passaria para 22 anos, em média. Portanto, implementar esse tipo de cobrança praticamente inviabilizaria o investimento nesse tipo de modalidade de geração no país. Em face do pequeno impacto provocado pelo subsídio cruzado nas tarifas dos demais consumidores, entende-se que, por enquanto, pode ser mantido o sistema atual de tarifação com o objetivo de incentivar um novo mercado no país.

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Biografia do Autor

Gabriel Konzen, Universidade de São Paulo

Mestre em Energia

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Publicado

2016-12-13

Como Citar

Konzen, G., & Andrade, G. N. de. (2016). O EFEITO DE UMA TARIFA BINÔMIA NO RETORNO FINANCEIRO DA MICROGERAÇÃO FOTOVOLTAICA. Anais Congresso Brasileiro De Energia Solar - CBENS, 1–7. https://doi.org/10.59627/cbens.2016.1322

Edição

Seção

Anais