APROVEITAMENTO DA BIOMASSA ALGÍNICA MARÍTIMA DO ENTORNO COSTEIRO DE MACEIÓ PARA A PRODUÇÃO DE BIOCOMBUSTÍVEIS
GESTÃO E ANÁLISE AMBIENTAL
DOI:
https://doi.org/10.59627/cbens.2012.1836Palavras-chave:
Biomassa, Algas Marinhas, BiocombustíveisResumo
A abundância de biomassas a partir de algas marinhas que caracteriza os países de extenso litoral de ambiente marítimo em regiões tropicais, poderá favorecer sobremaneira a exploração econômica propiciada pelos avanços tecnológicos e projetos de vulto na produção de biocombustíveis, traduzindo perspectivas promissoras na gestão da geração de energia para a sociedade atual. Esse trabalho procura identificar e avaliar os processos mais adequados ao aproveitamento da biomassa algínica que se apresenta diariamente no litoral das praias de Maceió através dos movimentos de fluxo e refluxo das marés, com o intuito de possibilitar a criação de um modelo sustentável de geração de energia a partir de macroalgas. A costa litorânea oriental de Maceió é coberta por uma extensa barreira de formação coralínea que identifica dobramentos modernos de constituição rochosa representada por recifes areníticos onde seu relevo é agregado geologicamente à plataforma continental. Essa formação guarda um valioso ecossistema no qual sua cobertura vegetal de macroalgas fitobênticas se qualifica através do alto teor de ficocolóides de grande aproveitamento alimentício ou, extensivamente munidas de grande concentração oleaginosa com viabilidade para a geração de calor em indústrias termoelétricas e de biocombustíveis. A observação do enorme potencial natural de biomassa algínica que é diariamente recolhida nas praias urbanas de Maceió pela prefeitura municipal e, frequentemente descartada no “lixão” da cidade, onera os custos públicos com transporte, mão de obra e utilização de veículos especializados que fazem a coleta. O passivo ambiental agregado pela elevação de matéria orgânica acumulada nos lixões sem qualquer ação de reciclagem e aproveitamento desse importante recurso natural, possibilita a análise de variados procedimentos no uso de tecnologias que visem a reciclagem dessa biomassa vegetal marítima, onde se oportuniza a cidade de Maceió à adquirir modernos processos de sustentabilidade no uso de seus resíduos orgânicos.
Downloads
Referências
Almeida, Catarina. (2009). Ocupação antrópica e problemas de ordenamento - Zonas Costeiras. Acessado em 07 mar 2012. Disponível em: http://maisbiogeologia.blogspot.com.br/2009/02/ocupacao-antropica-e-problemas-de_28.html
Bold, H. C. & Wynne, M.J. 1985. Introduction to the algae. Ed. Prentice -Hall, New Jersey, 2ª ed, 720p.
Carvalho, Claudio E.; Fadigas, Eliane A. Amaral; Reis, Lineu Belico. (2005). Energia, recursos naturais e a prática do desenvolvimento sustentável. 75 – 77p Editora Manole. ISBN-10: 852042080X, São Paulo. 2005.
Correia, Mônica Dorigo.; Sovierzoski, Hilda Helena. 2005. Ecossistemas marinhos: recifes, praias e manguezais. Maceió, EDUFAL.
Cyril Roger Brossard. 2012. Clhorophyta - imagem. Disponível em: http://www.panoramio.com/photo/26134741. Acessada em 30 mar 2012. ID: 26134741
Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN); Centro de Hidrografia da Marinha (CHM); Banco Nacional de Dados Oceanográficos (BNDO). Disponível em: http://www.mar.mil.br/dhn/chm/tabuas/30725Abr2012.htm Acessado em: 03 mar. 2012
Dismukes G.C.; Carrieri D.; Bennette N.; Ananyev G.M.; Posewitz M.C. Aquatic phototrophs: efficient alternatives to land-based crops for biofuels. Department of Chemistry and Princeton Environmental Institute, Princeton University, Princeton, NJ 08544, USA. 235-40. Epub 2008 Jun 6.
Goldemberg, José; Villanueva, Luz D. (1998). Energia, meio ambiente & Desenvolvimento. Editora da Universidade de São Paulo - USP, 2ª edição revista. São Paulo, 1998.
Golley, F. B. & Lieth, H. (1972) Base of organic production in tropics. In: Tropical ecology with an emphasis on organic productivity. P.M. Golley & F.B. Golley (Ed), Athens: Georgia, 1-26.
Mayfield, S., Algal Model, National Renewable Energy Laboratory-Air Force Office of Scientific Research Workshop on Algal Oil for Jet Fuel Production - February, 2008;
Odum, H. T. & Odum, E. P. Trophic strutyre and productivity of a windward coral reef community on Eniwetok Atoll. Ecol. Monogr. V. 25, p. 291-320. 1955.
Passavante, J. Z De O. & Feitosa, F. Do N. (1989) 1. Hidrologia e plâncton da plataforma continental de Pernambuco 2. Biomassa primária do fitoplâncton. Anais do Encontro Brasileiro de Gerenciamento Costeiro Fortaleza: 03-06 de dezembro de 1985. 363-369.
Raven, P.H; Evert, R.E.& Eichhorn, S.E. 2001. Biologia Vegetal. Ed. Guanabara Koogan, 6ª ed., Rio de Janeiro. 906p.
Teixeira, Cláudia M.; Morales, M. Elizabeth. (2008). Microalga como matéria-prima para a produção de biodiesel. Instituto Nacional de Tecnologia. Rio de Janeiro – RJ.
Schlumberger. Lehman Brothers CEO Energy/Power Conference 2008. Apresentação. Disponível em: <http://media.corporate-ir.net/media_files/irol/97/97513/Gould_Lehmans_Sept2008_2.pdf>. Acesso em: 12 abr. 2008.
Science Magazine. 20 January 2012: Vol. 335 no. 6066 pp. 308-313, DOI: 10.1126/science.1214547. Disponível em:
http://www.sciencemag.org/content/335/6066/308.short Acesso em: 04 mar 2012.
Tundisi, J. G. (1976). Produção orgânica em ecossistemas aquáticos. Ciência e Cultura. São Paulo: v. 38, n. 8, p. 864- 867. 1976.
Wargacki, et al. (2012). An Engineered Microbial Platform for Direct Biofuel Production from Brown Macroalgae. Science 20 January 2012: 308-313.DOI:10.1126/science.1214547