ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO DA RAZÃO ENTRE A DEMANDA DE ENERGIA TÉRMICA E A PRODUÇÃO MENSAL ESPECÍFICA DE ENERGIA DO COLETOR COMO PRÁTICA DE DIMENSIONAMENTO DA ÁREA COLETORA DE SISTEMAS DE AQUECIMENTO SOLAR DE ÁGUA

Autores

  • Paulo José Schiavon Ara Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo
  • Daniel Setrak Sowmy Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.59627/cbens.2016.1924

Palavras-chave:

Produção Mensal de Energia, Carta-F, Sistemas de Aquecimento Solar de Água

Resumo

Em um cenário nacional e internacional de desaceleração do mercado solar térmico, a melhoria do desempenho energético dos sistemas de aquecimento solar de água (SAS) assume uma grande relevância. Nesse quesito, o dimensionamento do SAS tem um papel fundamental para impulsionar a tecnologia, já que a qualidade do dimensionamento influi diretamente no desempenho da instalação e na atratividade dessa alternativa energética. Existem diversos métodos de dimensionamento de SAS disponíveis, desde softwares de simulação até métodos de norma. Entretanto, a prática do setor mostra uma forte tendência ao uso da demanda de energia térmica do SAS dividida pelo índice de eficiência do coletor denominado Produção Mensal Específica de Energia (PMEe) - disponível nas Tabelas de Eficiência Energética do Inmetro - para o cálculo da área coletora. Em contato com o mercado, percebe-se que essa é uma prática corrente, dada a facilidade de acesso a essa informação e a simplicidade do método. Este trabalho procura analisar essa prática, estudando o dimensionamento de dois empreendimentos hipotéticos localizados nas cidades de São Paulo e Goiânia, e analisando-a a luz da fração solar resultante pelo método da Carta-F. Os resultados mostram que embora o método considere adequadamente o desempenho de diferentes coletores, é limitado ao desconsiderar as condições climáticas do local da instalação, podendo conduzir a sistemas dimensionados fora da condição ideal de operação. Essas limitações sugerem que embora o índice PMEe seja uma excelente ferramenta de comparação entre coletores solares térmicos para o usuário, o cálculo da área coletora pela razão entre a demanda de energia e o PMEe deve ser explorado com restrições e preferencialmente acompanhado por algum procedimento que avalie a fração solar da instalação.

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Biografia do Autor

Paulo José Schiavon Ara , Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo

 Laboratório de Instalações Prediais e Saneamento

Daniel Setrak Sowmy, Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo

 Laboratório de Instalações Prediais e Saneamento

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Publicado

2016-12-13

Edição

Seção

Anais