COMPENSAÇÃO DE REATIVOS EM UNIDADES CONSUMIDORAS COM SISTEMAS FOTOVOLTAICOS CONECTADOS À REDE ELÉTRICA
DOI:
https://doi.org/10.59627/cbens.2016.2037Palavras-chave:
Energia Solar, Sistemas Fotovoltaicos Conectados à Rede, Compensação de ReativosResumo
De acordo com a regulamentação vigente no Brasil, o fator de potência medido pela concessionária e utilizado no faturamento de uma unidade consumidora (UC) do Grupo A (tensão de fornecimento igual ou superior a 2,3 kV) é obtido a partir dos fluxos de potência ativa e reativa trocados entre essa UC e a rede elétrica. Devido a essa forma de medição, na situação específica em que essa UC tem parte da sua demanda por potência ativa suprida por uma central geradora instalada no local e sua demanda por potência reativa é fornecida pela rede elétrica, haverá uma aparente deterioração do fator de potência, em relação à situação em que as duas demandas (ativa e reativa) são supridas exclusivamente pela concessionária. Nessa condição, dependendo do perfil da carga (indutivo ou capacitivo) e do horário correspondente, poderão ocorrer cobranças por excedentes de reativos que não ocorreriam sem a presença da geração própria. No que tange a uma Central Geradora Solar Fotovoltaica (UFV), o problema identificado ocorre especificamente no período diurno e quando a carga apresenta um perfil indutivo. Nesse sentido, uma possível ação mitigadora, a qual foi testada nesse trabalho, é a utilização do próprio inversor do sistema fotovoltaico para suprir a demanda por potência reativa dessa UC, dispensando-se a necessidade de se obtê-la a partir da rede elétrica. Os resultados indicam que essa é uma estratégia válida para se evitar a referida cobrança, com pouco impacto no desempenho do sistema e sem alterar significativamente a tensão no ponto de conexão.
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Referências
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