BIPV E BAPV

AVALIAÇÕES A PARTIR DE CONCEITOS TEÓRICOS, DE ASPECTOS POSITIVOS E NEGATIVOS E DE ESTIMATIVAS DE DESEMPENHO ENERGÉTICO PARA REGIÕES DE BAIXA LATITUDE

Autores

  • Renata Torres Farias Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará
  • Paulo Nazareno Monteiro Junior Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará
  • André Cavalcante do Nascimento Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará
  • Luis Carlos Macedo Blasques Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará
  • Filomena Mata Viana Longo Universidade da Amazônia
  • Marco Valério de Albuquerque Vinagre Universidade da Amazônia

DOI:

https://doi.org/10.59627/cbens.2014.2051

Palavras-chave:

Energia Solar Fotovoltaica, SFCR, BIPV, BAPV, Desempenho Energético

Resumo

O presente trabalho trata das aplicações de sistemas fotovoltaicos conectados à rede (SFCR) integrados à edificação, analisando aspectos conceituais e vantagens e desvantagens de sistemas plenamente integrados à edificação (BIPV) e sistemas aplicados à edificação (BAPV). O estudo é motivado pelo recente aumento do interesse, no mundo e mais especificamente no Brasil, em instalações com características de integração total à arquitetura. Para relacionar os aspectos teóricos à principal funcionalidade de um sistema fotovoltaico, a geração de eletricidade, análises de desempenho energético são realizadas para localidades de baixa latitude, onde as instalações predominantemente verticais distanciam-se de maneira mais evidente do caso ótimo. O Brasil possui 15 capitais de estados situadas em latitudes entre 11º Sul e 3º Norte, incluindo todas da Região Norte. Em função disto, a cidade de Belém, capital do Estado do Pará, é utilizada como estudo de caso, por apresentar latitude muito próxima a zero (1º 27’ 21’’ S). Conclui-se que, caso o projeto FV seja pensado de forma totalmente conjunta ao projeto arquitetônico, em etapas preliminares, as aplicações do tipo BIPV apresentam bons resultados, principalmente por integrar os benefícios energéticos da geração FV com a integração arquitetônica e os melhores resultados estéticos, mesmo que o desempenho energético do sistema seja inferior ao obtido em instalações do tipo BAPV. No entanto, nota-se também que a disponibilidade de materiais FV propícios para instalações do tipo BIPV, no Brasil e mais especificamente na Região Norte, é escassa, o que ajuda a explicar a maior ocorrência, nos dias de hoje, de instalações mais simples, do tipo BAPV, principalmente em função dos custos mais elevados das instalações BIPV.

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Publicado

2014-04-13

Edição

Seção

Anais