INFLUÊNCIA DOS PARÂMETROS DE DIFUSÃO DE FÓSFORO E DA ESPESSURA DO FILME ANTIRREFLEXO EM CÉLULAS SOLARES N+ PN+

Autores

  • Angélica Souza Cenci Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
  • Izete Zanesco Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
  • Adriano Moehlecke Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.59627/cbens.2014.2118

Palavras-chave:

células solares, emissor n , metalização por serigrafia

Resumo

A principal meta da indústria de células solares é obter alta eficiência e baixo custo de produção. O objetivo deste artigo é apresentar o desenvolvimento de células solares n+ pn+ em lâminas de Si-Cz do tipo p, grau solar, com metalização por serigrafia e avaliar a influência do emissor n+ e do filme antirreflexo. Parâmetros do processo de fabricação como a temperatura de difusão de fósforo, a introdução de uma etapa de recozimento e a espessura do filme antirreflexo foram otimizados experimentalmente, avaliando-se a concentração do dopante em função da profundidade, a refletância ponderada e os parâmetros elétricos das células solares. Concluiu-se que a temperatura de difusão de 875 °C resultou na eficiência de 13,7 %, devido ao elevado FF. No entanto, com a redução da temperatura para 850 °C, o fator de forma (FF) diminuiu, devido ao aumento da resistência de folha e, consequentemente, da resistência de contato. Com a introdução da etapa de recozimento para ambas as temperaturas de difusão avaliadas, apenas para a temperatura de 850 °C observou-se um aumento do fator de forma, elevando a eficiência das células solares para 13,2 %. Com o recozimento, a espessura com alta concentração, denominada de “zona morta” aumentou, bem como a concentração do dopante para todas as profundidades, reduzindo a densidade de corrente de curto-circuito. Para a temperatura de difusão de 875 °C, com a introdução do recozimento, a eficiência diminuiu um pouco para 13,3 %. Verificou-se que a “zona morta” aumentou em relação ao processo com a temperatura de 850 °C e com recozimento. A espessura do filme antirreflexo de TiO2 entre 95 nm e 110 nm resultou no menor valor da refletância ponderada média e, consequentemente, obteve-se a melhor eficiência. A espe ssura inicial do filme AR de 95 nm foi considerada mais viável por utilizar menor quantidade de material e resultou na eficiência máxima de 13,7 %.

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Biografia do Autor

Angélica Souza Cenci, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Núcleo de Tecnologia em Energia Solar Faculdade de Física

Izete Zanesco, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Núcleo de Tecnologia em Energia Solar Faculdade de Física

Adriano Moehlecke, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Núcleo de Tecnologia em Energia Solar Faculdade de Física

Referências

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Publicado

2014-04-13

Como Citar

Cenci, A. S., Zanesco, I., & Moehlecke, A. (2014). INFLUÊNCIA DOS PARÂMETROS DE DIFUSÃO DE FÓSFORO E DA ESPESSURA DO FILME ANTIRREFLEXO EM CÉLULAS SOLARES N+ PN+. Anais Congresso Brasileiro De Energia Solar - CBENS. https://doi.org/10.59627/cbens.2014.2118

Edição

Seção

Anais