PADRÕES HOMOGÊNEOS DE INSOLAÇÃO NO RIO GRANDE DO NORTE

UMA APLICAÇÃO DA ANÁLISE DE AGRUPAMENTOS

Autores

  • Samira de Azevedo Santos Universidade Federal de Campina Grande, Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renovávei
  • Jonathan Castro Amanajás Universidade Federal de Campina Grande, Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renovávei
  • Magaly de Fátima Correia Universidade Federal de Campina Grande
  • Maria Regina da Silva Aragão Universidade Federal de Campina Grande
  • Bruno de Lima Soares Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis

DOI:

https://doi.org/10.59627/cbens.2014.2136

Palavras-chave:

Energia Solar, Insolação, Análise de Agrupamento

Resumo

Em meio ao crescente incentivo ao uso de fontes de energia limpas, a energia solar está cada vez mais sendo estudada, utilizada e desenvolvida. As medições do recurso solar ainda são muito escassas. Neste contexto, a insolação é um parâmetro importante utilizado em diversos estudos meteorológicos e agrometeorológicos e suas medições possuem alta correlação com todas as componentes da radiação solar. Assim este trabalho teve como objetivo investigar a variabilidade sazonal e interanual da insolação no Rio Grande do Norte, utilizando dados diários de insolação coletados em seis estações meteorológicas no período de 2003 a 2012. A análise da variabilidade mensal da insolação evidenciou que de fevereiro a maio a ZCIT é o principal regime produtor de convecção, reduzindo a quantidade de insolação que chega à superfície. Entre os meses de junho e julho, os DOLs favorecem o desenvolvimento de convecção profunda principalmente na parte leste do Estado. De setembro a dezembro é o período de maiores intensidades de insolação, os meses de agosto e janeiro são considerados meses de transição, agosto entre o período chuvoso e o período seco e janeiro entre o período seco e o período chuvoso, embora com valores mínimos esses valores variam em torno de 6 horas de brilho do Sol médios diários. A técnica de análise de agrupamentos permitiu identificar três grupos homogêneos: os valores máximos, médios e mínimos. E através da climatologia de ROL pode-se observar a existência de anos anômalos, como é o caso do ano de 2004, considerado chuvoso contribuindo para mínimos de insolação e o ano de 2012 considerado seco, onde os potenciais de recurso solar foram acima da média. A insolação no Estado é um recurso bastante abundante, mesmo no período chuvoso, isso demonstra o enorme potencial para produção de energia solar.

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Publicado

2014-04-13

Edição

Seção

Anais