ESPACIALIZAÇÃO DA INCIDÊNCIA DE INSOLAÇÃO NO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.59627/cbens.2014.2231Palavras-chave:
Energia Solar, Insolação, MapeamentoResumo
A espacialização da incidência de insolação no Brasil foi obtida usando-se o Banco de Dados Meteorológicos para Ensino e Pesquisa – BDMEP base de dados disponibilizada pelo INMET, Instituto Nacional de Meteorologia. Os dados de insolação de 263 estações meteorológicas com séries históricas diárias entre 1961 e 2013 foram submetidos à análises de consistências para a exclusão de outliers incluindo registros em que os valores excediam aos esperados no topo da atmosfera para a área considerada, séries incompletas em que os registros mensais eram inferiores a 25 registros/mês e meses com insolação média inferior a 0,5 horas de brilho solar. A espacialização da incidência de insolação anual no Brasil foi feita usando a interpolação por krigagem ordinária. A rasterização do mapa permitiu a determinação de valores à níveis municipais com a interposição da shapefile correspondente aos limites municipais do IBGE e o procedimento Zonal Statistics do software Quantum Gis versão 2.01. Os resultados indicaram que os maiores índices de insolação ocorrem nas regiões de menores pluviosidades e correspondem às regiões mais pobres do país se estendendo desde a Região Norte de Minas Gerais até o interior nordestino. A insolação média dos municípios brasileiros foi estimada em 2400 horas/ano e apenas 10% dos municípios apresentaram valores inferiores a 2200 horas de brilho solar anualmente. As áreas de maiores insolações correspondem às mesoregiões do Oeste Potiguar no Rio Grande do Norte e Sertão Paraibano com valores em torno de 3150 horas/ano. Com registros superiores a 2900 horas/ano são incluídos os estados de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco e Piauí. Insolações médias inferiores a 2200 horas/ano foram observadas apenas nos estados da Região Norte: Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima.
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