DISCUSSÃO DA VIABILIDADE DE EDIFICAÇÃO EM CAMPINAS-SP ATINGIR A META DE ENERGIA ZERO ATRAVÉS DA GERAÇÃO FOTOVOLTAICA
DOI:
https://doi.org/10.59627/cbens.2012.2301Palavras-chave:
Energia Solar, Ambiente Construído, Arquitetura Sustentável, Edifícios de Energia ZeroResumo
O consumo de eletricidade no Brasil cresceu 47% na última década. Estima-se que este consumo aumente outros 55,6% até 2020. A geração da maior parte da eletricidade no país é baseada no modelo de grandes usinas hidrelétricas, distantes dos centros de consumo. A expansão da geração para atender a esta crescente demanda também está baseada na construção de novas hidrelétricas, mantendo as grandes perdas na transmissão e distribuição da eletricidade. Uma forma de reduzi-las é através do maior uso da geração distribuída, em que a eletricidade é gerada próxima ou no próprio local de consumo, através de, por exemplo, integração a edificações. A partir da viabilização deste modelo de geração, criou-se o conceito dos chamados Edifícios de Energia Zero (EEZ). EEZs são edifícios com baixíssimas necessidades energéticas e que, ao longo do ano, geram toda a energia que consomem, a partir de fontes renováveis de energia. Das opções disponíveis, a energia fotovoltaica é a que vem sendo mais utilizada mundialmente, devido a sua modularidade e capacidade de geração praticamente em qualquer lugar ao mesmo tempo em que não necessita de combustíveis para sua operação, nem produz ruídos ou emissões. Em 2010, as edificações foram responsáveis por 46,9% do consumo de eletricidade no Brasil e esta participação deve aumentar até 2020, com o setor residencial passando de 23,8% para 25,3% do consumo total de eletricidade, e o setor comercial, de 15% para 18,8%, segundo estimativas da EPE. Dessa forma, um maior emprego de energia fotovoltaica em edificações pode atender parte desta demanda, e consequentemente, adiar ou evitar a construção de novas grandes hidrelétricas e termelétricas movidas à combustíveis fósseis. Com base nesta premissa, este artigo avalia a viabilidade e contribuição potencial da geração de eletricidade por um sistema fotovoltaico em um laboratório vivo planejado para a Universidade Estadual de Campinas, que tem como meta tornar-se um Edifício Energia Zero.
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