INFLUÊNCIA DA VAZÃO DE OXIGÊNIO E NITROGÊNIO NA ESPESSURA DA CAMADA DE ÓXIDO DE SILÍCIO PARA PASSIVAÇÃO DE CÉLULAS SOLARES BIFACIAIS

Autores

  • João Victor Zanatta Britto Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
  • Izete Zanesco Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
  • Adriano Moehlecke Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
  • Lucas Teixeira Caçapietra Pires da Silva Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.59627/cbens.2024.2377

Palavras-chave:

Células Solares Bifaciais, Passivação, Óxido de Silício

Resumo

A passivação das superfícies em células solares bifaciais visa o aumento da eficiência e da bifacialidade. O objetivo deste trabalho é analisar a influência da vazão de oxigênio e nitrogênio na espessura da camada de óxido de silício crescida no emissor e no campo retrodifusor para passivar células solares bifaciais PERT base p. Três processos de oxidação térmica seca foram desenvolvidos para crescer a camada de óxido de silício para passivação: com vazão padrão de oxigênio, com redução de 30% da vazão de oxigênio e com redução de 30% da vazão de oxigênio e adição de nitrogênio. A caracterização das camadas foi realizada por espectroscopia por energia dispersiva e pela determinação da espessura e do índice de refração com a técnica de elipsometria. A concentração de oxigênio e a espessura da camada de óxido de silício no emissor foi maior que no campo retrodifusor. Com o processo com redução de oxigênio, observou-se uma tendência de aumento da concentração de oxigênio na camada de passivação no emissor e no campo retrodifusor, em comparação com o processo com vazão padrão de oxigênio. A espessura do óxido de silício no campo retrodifusor foi maior, mas no emissor a espessura da camada foi similar. Também se constatou a tendência de aumento do índice de refração do óxido de silício no emissor com a redução de oxigênio. Para o processo com nitrogênio, ocorreu menor taxa de crescimento da camada de óxido de silício no emissor e a diferença entre a espessura da camada de passivação crescida no emissor e no campo retrodifusor foi a menor. Concluiu-se que é possível reduzir a vazão de oxigênio em 30% para a passivação de células solares PERT base p.

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Biografia do Autor

João Victor Zanatta Britto, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Escola Politécnica, Núcleo de Tecnologia em Energia Solar.

Izete Zanesco, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Escola Politécnica, Núcleo de Tecnologia em Energia Solar.

Adriano Moehlecke, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Escola Politécnica, Núcleo de Tecnologia em Energia Solar.

Lucas Teixeira Caçapietra Pires da Silva, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Escola Politécnica, Núcleo de Tecnologia em Energia Solar.

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Publicado

2024-09-20

Como Citar

Britto, J. V. Z., Zanesco, I., Moehlecke, A., & Silva, L. T. C. P. da. (2024). INFLUÊNCIA DA VAZÃO DE OXIGÊNIO E NITROGÊNIO NA ESPESSURA DA CAMADA DE ÓXIDO DE SILÍCIO PARA PASSIVAÇÃO DE CÉLULAS SOLARES BIFACIAIS. Anais Congresso Brasileiro De Energia Solar - CBENS. https://doi.org/10.59627/cbens.2024.2377

Edição

Seção

Anais