MICRORREDES NÃO ISOLADAS EM BAIXA TENSÃO NO BRASIL

POTENCIAL DE INTEGRAÇÃO PARA MELHORIA DE INDICADORES DE CONTINUIDADE

Autores

  • Pedro Ferreira Torres Universidade de São Paulo
  • João Tavares Pinho Universidade de São Paulo
  • Roberto Zilles Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.59627/cbens.2024.2427

Palavras-chave:

Confiabilidade da distribuição, Microrredes não isoladas, Recursos energéticos distribuídos

Resumo

A baixa confiabilidade de redes de distribuição ainda está presente em muitas regiões do Brasil, principalmente no que concerne aos altos níveis de interrupções vivenciados pelos consumidores em baixa tensão. A esse respeito, elevados investimentos ainda são necessários em infraestrutura de rede para garantir o suprimento contínuo, especialmente durante condições climáticas adversas. Uma alternativa aos investimentos estruturantes convencionais consiste na utilização de recursos energéticos distribuídos (RED) que possam operar como backup durante faltas na rede primária, garantindo o suprimento aos consumidores em baixa tensão até o reestabelecimento da média tensão. Neste trabalho, faz-se uma avaliação do potencial de integração de microrredes em redes de distribuição secundária com vistas à melhoria de indicadores de continuidade, especificamente DEC (Duração Equivalente de interrupção por unidade Consumidora) e FEC (Frequência Equivalente de interrupção por unidade Consumidora). O trabalho parte de um levantamento das principais características e configurações de redes secundárias (baixa tensão) adotadas por concessionárias de distribuição no Brasil, tais como: presença de dispositivos de proteção e seccionamento, configuração dos ramais, densidade de carga e fatores geradores de interrupções. Em seguida, propõe-se uma metodologia para avaliação do potencial de integração de RED para formar microrredes em baixa tensão, a partir do cálculo dos requisitos mínimos de potência e energia que o RED deve dispor para atendimento da demanda e do consumo em condições de contingência. Por fim, apresentam-se dois estudos de caso aplicados em redes secundárias com características distintas, localizadas na área de concessão da Equatorial-PA, a fim de demonstrar a aplicabilidade da metodologia.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Pedro Ferreira Torres, Universidade de São Paulo

Instituto de Energia e Ambiente.

João Tavares Pinho, Universidade de São Paulo

Instituto de Energia e Ambiente.

Roberto Zilles, Universidade de São Paulo

Instituto de Energia e Ambiente.

Referências

ANEEL. Painel Interativo do Plano de Desenvolvimento da Distribuição (PDD), 2023a. Endereço de acesso: https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiMTg0MDhmNmUtMjZlMy00NzgxLTk0NzQtNDNkYTQzNDg4MTYzIiwidCI6IjQwZDZmOWI4LWVjYTctNDZhMi05MmQ0LWVhNGU5YzAxNzBlMSIsImMiOjR9. Acessado em 10 de outubro de 2023.

ANEEL. Portal de Dados Abertos, 2023b. Endereço de acesso: https://dadosabertos.aneel.gov.br/. Acessado em 03 de novembro de 2023.

ANEEL. Resolução Autorizativa no. 9224/2020. 2020.

ANEEL. Tomada de Subsídio nº11/2021 da Agência Nacional de Energia Elétrica. Brasília, julho de 2021.

Bellido, M. M. H. Microrredes Elétricas: Uma proposta de implementação no Brasil. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, v. Tese (Doutorado em Planejamento Energético), 2018.

Cipolla, P. L. M. Avaliação Técnica, Econômica, e Social para a Implantação de Microrredes em Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica. Sorocaba: Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, v. Dissertação (Mestrado em Engenharia Elétrica), 2021.

COPEL. Copel e Itaipu colocam microrrede em operação no Oeste do PR. Página da web. Disponível em: https://www.copel.com/hpcweb/copel-e-itaipu-colocam-microrrede-em-operacao-no-oeste-do-pr/. Acesso em: 25 de março de 2022.

CPFL. Página da web. Disponível em: https://www.campus-sustentavel.unicamp.br/microrredes/. Acesso em 03 de novembro de 2023.

D. Rupolo, J. Contreras and J. R. Sanches Mantovani, "Resilience enhancement in the planning of medium-and low voltage power distribution systems with microgrid formation," 2021 IEEE PES Innovative Smart Grid Technologies Europe (ISGT Europe), Espoo, Finland, 2021, pp. 1-5, doi: 10.1109/ISGTEurope52324.2021.9640204.

ENEL. Projeto Microrredes Inteligentes. Página da web (s.d.). Disponível em: https://www.enel.com.br/pt-saopaulo/Sustentabilidade/iniciativas/archive/projeto-microrredes-inteligentes-traz-inovao-para-o-mercado-de-energia-brasileiro.html. Acesso em 03 de novembro de 2023.

EQUATORIAL. Critérios de projetos de redes de distribuição. NT.005, rev. 02 -2022. Norma Técnica da Distribuidora,

Grupo Equatorial Energia, 2022. M. A. Igder, X. Liang and M. Mitolo, "Service Restoration Through Microgrid Formation in Distribution Netwo rks: A Review," in IEEE Access, vol. 10, pp. 46618-46632, 2022, doi: 10.1109/ACCESS.2022.3171234.

Malaczek, M., Wasiak, I. and Mienski, R. (2019), Improving quality of supply in small-scale low-voltage active networks by providing islanded operation capability. IET Renewable Power Generation, 13: 2665-2672. https://doi.org/10.1049/iet-rpg.2019.0193.

Downloads

Publicado

2024-09-20

Como Citar

Torres, P. F., Pinho, J. T., & Zilles, R. (2024). MICRORREDES NÃO ISOLADAS EM BAIXA TENSÃO NO BRASIL: POTENCIAL DE INTEGRAÇÃO PARA MELHORIA DE INDICADORES DE CONTINUIDADE. Anais Congresso Brasileiro De Energia Solar - CBENS. https://doi.org/10.59627/cbens.2024.2427

Edição

Seção

Anais